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Depois em Seguida

CULTURA | MUNDO | ENTREVISTAS | OPINIÃO

23 de Fevereiro, 2018

José Rodrigues

 

O José é viseense e dos grandes. Autor dos romances "O Rio de Esmeralda" e "Voltar a Ti"; e de "Boas Memórias de Um Mau Estudante". Foi Oficial do Exército Português e é licenciado em Gestão. Apaixonado pelo Karaté (cinturão negro), praticante de natação e futebol veterano. 
 A família e os amigos complementam o seu enorme gosto pela escrita... E que bem que escreve! 

 

Ter o coração bem junto à boca, quando o motivo é a paixão, é um fenómeno tão bom quanto difícil de descrever. Sentir que, daqui a pouco, vamos encontrar alguém por quem estamos apaixonados, consegue fazer com que o coração saia do seu lugar e se encoste bem junto à garganta. Esta viagem imaginária que faz o órgão vital tem exatamente a mesma duração da paixão. Tem também, pelo menos, dois passageiros. É uma viagem fabulosa, com paisagens impossíveis de descrever, tal a beleza com que os olhos dos viajantes a vêem. Queremos viajar a todas as horas, a todo o instante. O único meio de transporte são mesmo as nuvens, onde fazemos questão de poisar todo o corpo. Um meio de tal forma saboroso que nos faz esquecer que, a qualquer momento, um dos passageiros pode resolver não mais viajar. E dói voltar a colocar os pés no chão. Dói ainda mais sentir que fica um caminho deserto entre o peito e a garganta e sentimos que, de uma forma teimosamente duradoura, o coração se recusará a querer voltar a fazer esse percurso. E é neste momento que se paga o bilhete sobre a forma de insónias, piques de mau humor ou vontade de nada querer ou fazer. Quando alguém mais velho ou experiente nos tenta confortar através de frases como "isso passa com o tempo", discordamos de todos os termos. Na verdade, passamos a achar que o tempo passou a ser medido por um relógio de corda que parou.

ANDAR NAS NUVENS


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  ©Arquivo Pessoal do Autor

 

 
Voltar VS Ficar?
Voltar, porque deixamos a saudade em quem fica.
 
Amor VS Saudade?
Amor, dói menos que a saudade.
 
Corações VS Lugares?
Corações. Podem estar em todos os lugares.
 
Mundo VS Felicidade?
Felicidade, pode incluir este mundo e o outro.
 
Passado VS Futuro?
Passado, conheço-o.
 
Raízes VS Liberdade?
Liberdade, sempre.
 
Papel VS Computador?
Papel, sem dúvida. Sou antigo.
 

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  ©Arquivo Pessoal do Autor

 
Memórias VS Viagens ?
Memórias. Com elas podemos viajar sempre.
 
Nós VS Os Outros ?
Os outros, para darmos de nós.
 
Segredo VS Silêncio ?
Silêncio. Nele cabem todos os segredos.
 
Karaté VS Futebol?
Futebol. Tenho os dois dentro de mim, 30 anos de futebol. 13 de karaté
 
Rio VS Rir?
Rir, sem dúvida. No riso cabe muito mais do que um rio.
 
"Às Vezes" VS "Talvez"?
Às vezes. Vale mais pouco que incerteza.
 
Capítulos VS Uno?
Capítulos. É preciso pausa.
 

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  ©Arquivo Pessoal do Autor

 

 
Medo VS Conquista?
Conquista, mesmo com medo.
 
Céu VS Terra?
Terra, porque na terra podem existir muitos céus.
 
Abraços VS Sonhos?
Abraços, muitos abraços.
 
Ebook VS Livro?
Livro, preciso do cheiro do papel.
 
Biografia VS Poesia?
Não sonho com biografias, sonho com poesia.
 
Manhã VS Noite?
Noite, chega sempre antes.
 
 
Obrigado, José.
 
22 de Fevereiro, 2018

Bruno Magina

foto de Manuel Manso

[Foto de Manuel Manso]

 

Não conheço o Bruno pessoalmente, mas nos dias de hoje conhecemos muitas pessoas pelas redes sociais que possuímos.

Aceitei o desafio de participar num projeto seu e o Bruno aceitou de imediato o meu pedido.

Para quem não conhece, Bruno Magina é um alfacinha, bem português, que vive na grande cidade por onde tudo passa e de onde tudo parte.

Em 2009, já com vários artigos publicados, iniciou o seu percurso em Educação e Formação de Adultos, que lhe valeu o Prémio de "Reconhecimento Social à Educação".

Três anos depois, seguiu caminho pelas artes musicais, teatrais e fotográficas, com o propósito de combater a discriminação pela orientação sexual e pela identidade de género.

Galardoado com as "Bolsas Jovens Criadores 2015", "Much More Awards 2015-2016" e "Prémios Time Out Lisboa 2016", estreou-se com o livro "A Vila das Cores" que é atualmente recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para Apoio a Projetos de Educação para a Cidadania. Por entre as suas obras contam títulos como "Viagem a Coimbra" e "Sete dias de Verão". É também criador do Projeto "Tu Desenhas, Eu Escrevo".

 

Para além de me responder a esta pequena entrevista, Bruno divide o seu tempo entre a criação literária e a promoção cultural em museus ligados à moda, ao design e à arqueologia.

 

Foto de Raquel Wise

 

Crianças VS Adultos?

Adultos - Apesar de escrever para crianças, adolescentes e jovens, prefiro que sejam os adultos a criar, educar e ensinar os mais novos. Dei aulas a adultos durante vários anos.

 

Cidade VS Campo?

Cidade - Preciso de pequenos luxos, como ginásio, lojas de roupa e outros serviços para me sentir bem no meu dia-a-dia. No campo, a vida seria um pouco mais difícil, nesse aspecto.

 

Poesia VS Prosa?

Prosa - É onde me consigo expressar e onde vou buscar informação e referências. Leio poesia, claro, mas pontualmente.

 

 

                            [Foto de Raquel Wise]

Noite VS Dia?

Dia - Tenho a sorte de conseguir fazer tudo o que quero e gosto durante o dia. A noite é para dormir!

 

História VS Estória?

História - Leio sobretudo livros de história, de Portugal e do Mundo. Também prefiro a palavra "história" a "estória".

 

Livros VS CD's?

Livros - Escolha difícil... gosto dos dois suportes, adoro música, mas... um concerto pode fazer a vez de um CD!

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Silêncio VS Barulho?

Silêncio – Não suporto barulho.

 

Razão VS Coração?

Coração - Nem sempre é fácil seguir o que ele me diz, mas quero acreditar que o faço e tentar ouvi-lo cada vez mais.

 

Sonhos VS Realidade?

Sonhos – Porque os sonhos tornam-se realidade!

 

Portugal VS Estrangeiro?

Portugal – Temos um país lindo onde adoro voltar cada vez que vou para fora!

 

Cor VS Preto&Branco?

Preto&branco - Sou do tempo da televisão e das fotocópias a cores, mas as fotos e as roupas a preto e branco têm o seu charme.

 

 [Foto de Pedro Medeiros]                     

Moda VS Arqueologia?

Arqueologia - A moda passa, a arqueologia fica. Sou adepto e criador da minha própria moda.

 

Fingertips VS Darko?

Darko - Fingertips foi um grande sucesso que me passou um pouco ao lado. Tenho acompanhado mais o trabalho de Darko. Aprecio o facto de ter composições em português e gosto especialmente do dueto com a Mafalda Arnauth. Seja como for, o Zé Manel é um artista sempre completo e criativo.

 

Fado VS Pop?

Fado - Adoro o Fado de hoje em dia. Detesto a Pop de hoje em dia. Ana Laíns, Mafalda Arnauth e Maria Ana Bobone são algumas das minhas divas.

 

Terreiro do Paço VS Castelo de São Jorge?

Terreiro do Paço - Passo por lá quase todos os dias! Adoro sentar-me e contemplar o rio.

 

Al Berto VS Fernando Pessoa?

Fernando Pessoa – É único.

 

Autor (Time Out Lisboa).jpgCasa VS Cinema?

Cinema - Não sou grande adepto de filmes, mas gosto de todo o ritual de vê-los no cinema. Em casa, não vejo, de todo.

 

Caderno VS Computador?

Caderno - A escrita e o trabalho, no geral, fluem melhor com um computador, mas preciso de ter sempre um caderno por perto.

 

Conhecimento VS Ignorância?

Conhecimento – Claro! Mas ignorância temos sempre...

 

Pensar VS Dizer?

Pensar - Penso sempre antes e depois de fazer. (Estou a pensar se respondi bem a tudo.)

 

 Muito Obrigado Bruno!!! :)

16 de Fevereiro, 2018

'As Coisas Que Somos' de Inês Flor | Ilustração e Texto

A Inês tem todos os sonhos numa ponta de esferográfica.

Os sonhos de um mundo inteiro.

Os sonhos que conseguem compreender o amor e os outros.

 

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   ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

 

Tem os sonhos cheios de mistérios. Tem os sonhos da cor do céu.

 

A Inês é uma flor e antes foi terra fértil. 

Conheci a Inês numa tarde de poesia e chá, em Viseu.

 

 

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  ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

"Quando faz frio e a pele se ressente, o silêncio é uma manta aconchegante sobre os nossos ombros. Não falo, não me ocorre, não sinto. Apenas o som dos passos, da respiração, o vislumbre, o movimento, a sua presença...Quero beijar-lhe as palpebras e respirar o seu cabelo... mergulhar na sua boca e saborear-lhe o intímo. Esta noite, vou afundar-me na cama e invocar aqueles abraços... invisiveis...que se tornam carne e desenhos, carne, aroma..."

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Exposição 

Biblioteca Municipal

João Brandão 

Fevereiro 2018 

'As obras de Inês Flor evidenciam um trabalho manual minucioso e demorado. O desenho, feito a esferográfica, apresenta-nos um imaginário algo poético e simbolista, traduzido sobre o papel em expressivos tons azuis. Os recortes e as colagens acrescentam uma plasticidade frágil e espacial às imagens. Como se, de algum misterioso modo, os desenhos de Inês Flor tivessem ganho vida e dimensão e os tivessemos surpreendido a meio dessa metamorfose.'
 
 
 

8.jpg©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

 

"E o mel, nunca em demasia, sabor fino,

suave balsamo no céu da boca"

 

5.jpg6.jpg©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

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 ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

 

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  ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

 

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    ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

Portefólio
behance.net/Inesflor

Blogue pessoal
florindigo.tumblr.com

Redes Sociais
instagram.com/flor.indigo
facebook.com/flor.ines.1996

 

 

15 de Fevereiro, 2018

Samuel F. Pimenta

"Foi um exercício muito bonito, responder a estas perguntas."

 

Não é fácil escrever sobre o Samuel. Isto significa o seguinte: pode não ser a melhor nem a mais sensível maneira de o fazer. O Samuel trouxe-me a magia dos gigantes e dos anões, a mais sublinhar ligação do bem e do mal. Passaram 8 anos.

O Samuel é todas as formas de amor. O Samuel é todas as formas sociais. O Samuel é um livro cheio de vida, tem a iluminação dos Grandes. É grande. O Samuel é um país inteiro. O Samuel é português. 

"Não estou sozinho no mundo. E tornar o mundo melhor começa comigo. 
Por isso assino petições, a exigir aos governos que libertem activistas e
presos políticos. Por isso junto a minha voz às que defendem os direitos da natureza.
Por isso uso as palestras onde vou e as apresentações
que faço para falar de direitos humanos."

 

______


Começou a escrever com 10 anos e licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. 
Em 2012, venceu o Prémio Jovens Criadores na vertente de Literatura, promovido pelo Governo de Portugal e pelo Clube Português de Artes e Ideias, com o poema “O relógio”. Recebeu, em 2014, a Comenda Luís Vaz de Camões, atribuída pela “Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas”, no Brasil, assim como o Prémio Liberdade de Expressão 2014, atribuído pela Associação de Escritores de Angra dos Reis, Brasil.Tem participado em diversas conferências e encontros literários nacionais e internacionais e tem colaborado com publicações em Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Galiza. Em 2015, foi um dos vencedores das Bolsas Jovens Criadores, do Centro Nacional de Cultura, para a realização de uma residência artística e a escrita de um novo romance. Em 2016 viu, pela primeira vez, uma obra sua adaptada a teatro, “O relógio”, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, em Lisboa. “Iluminações de uma mulher livre” é a sua mais recente obra, publicada em 2017 pela Marcador. A obra foi escrita em Pinheiro (Carregal do Sal, Viseu).

 

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 ©Arquivo Pessoal do Autor




Alcanhões VS Pinheiro?

 Alcanhões. É a minha terra. 

 

Ler VS Escrever?

Para mim não existe uma coisa sem a outra. 

 

Poesia VS Prosa?

A poesia é o destino que a prosa procura. 

 

Adjectivos VS Verbos?

Verbos. Porque são mais orgânicos, estão na natureza. Os verbos estão vivos, movem-se. Parecem-me mais inaugurais, mais nucleares, e por isso neutrais, sem a carga que a linguagem humana dá ao mundo (apesar de fazerem parte da linguagem). Creio que até os animais compreendem os verbos. Uma semente eclode, a árvore cresce. Uma pedra cai, o rio flui. O humano nasce, caminha. Os adjectivos estão carregados de julgamento. Bom e mau, feio e bonito. Pergunto-me se a fase da evolução da linguagem em que nasceram os adjectivos corresponde à noção de dualidade que passámos a ter do mundo. Certamente sim... Mas não lhes podemos escapar, aos adjectivos. Eu próprio, escolhendo os verbos, justifico essa escolha recorrendo aos adjectivos.

 

Escolhido VS Escolher?

Em nome da minha liberdade, escolher. Até para se ser escolhido.

 

Ágora VS Relógio?
Na verdade, nenhum deles. Espero que nos libertemos de todas as formas e ideias que aprisionam a nossa natureza.

 

Vida VS Morte?

Só posso escolher vida, ela está em tudo. E continua e persiste. E vence, sempre.

 

Nomes VS Números?

Gosto muito de ambos, como símbolos. Os nomes transportam histórias e memórias. Os números são códigos que nos ajudam a desvendar o Universo.

 

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  ©Arquivo Pessoal do Autor

 

Imaginar VS Memórias?

Imaginar é um facho que arde sobre as nossas lembranças.

 

Omnisciente  VS Lengalengas?

Associo a omnisciência à unidade que tudo sabe, porque é tudo. É uma inteligência universal que permeia tudo o que existe. Chamam-lhe muitas coisas, Deus é um dos nomes que lhe dão. Gosto de imaginar que, um dia, chegaremos lá. Melhor dizendo, que chegaremos cá, porque, se somos natureza e Universo, trazemos tudo dentro de nós, e essa inteligência também nos permeia, foi ela que nos formou. É a força da Vida, afinal. Enquanto isso, vamos criando linguagens, lengalengas, histórias, porque estamos à procura. 

 

Pergunta VS Resposta?

A pergunta, sempre. São as perguntas que nos motivam a percorrer o caminho.


Rua VS Casa?
Casa. Com janelas para a rua.

 

Nós VS Os Outros?
Nós. Como reivindicação, até. Vivemos num tempo de crescente individualismo, com as redes sociais a potenciar isso, e já se começam a ver alguns efeitos que merecem a nossa atenção: veja-se o aumento de políticas que lembram o início das ditaduras do século XX, na Europa, nos EUA, na Rússia. "Os outros" surgem sempre como indivíduos separados do "eu", sendo que o "eu" é muito melhor que "os outros", o que é pura ilusão. E "os outros" são os refugiados, a comunidade lgbtqi, os ciganos, os imigrantes, os negros. Ora, "os outros" são o que o "eu" vê quando se olha ao espelho. Rejeitar "os outros" é rejeitar o "eu". É uma automutilação. Cresci numa vila pequena, maioritariamente cristã, e hoje compreendo o papel que o cristianismo teve na minha vida (para me educar, para me dar cultura, pois não sigo nenhuma religião em particular), dotando-me com um forte sentido comunitário. Os problemas dos outros são os problemas de toda a comunidade.  A humanidade é uma só, as separações que existem são criações, são ideias. Mas a humanidade é uma só. Somos nós. E é este nós que eu reivindico, é nele que eu acredito.  Não estou sozinho no mundo. E tornar o mundo melhor começa comigo. Por isso assino petições, a exigir aos governos que libertem activistas e presos políticos. Por isso junto a minha voz às que defendem os direitos da natureza. Por isso uso as palestras onde vou e as apresentações que faço para falar de direitos humanos. Por isso escrevo, de alguma forma.

 

Tolerância VS Preconceito?

Tolerância. Até com quem é preconceituoso, que é o mais difícil. Não no sentido de permitir o preconceito, mas de ser compassivo com a pessoa menos esclarecida. E tenho de voltar à religião, aqui - que ela ainda nos determina muito, não há como negá-lo, seja-se religioso ou não. De algum modo, é um legado cristão, esse posicionamento compassivo. Dois mil anos depois, a proposta do cristianismo continua a ser revolucionária, porque nos obriga a sair de nós para amar os outros. Há coisa mais desafiante do que essa?

 

 Segredo Vs Silêncio?
Silêncio.

 

Abraços VS Facebook?
Abraços, obviamente. Porque existem.

 

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  ©Arquivo Pessoal do Autor

 

Sonho VS Realidade?

Sonhar, conhecendo a realidade.

 

Feelings VS Partir?
Em vez de feelings, prefiro a palavra intuição.

 

Estórias VS Amores?
Amores, que histórias sem amor são estéreis.

 

Cartas VS Viajar?
Escolho ambas as palavras, cartas e viajar, porque para mim representam o mesmo: uma possibilidade de encontro com outras pessoas.

 

Obrigado, Samuel

 

10 de Fevereiro, 2018

MARISA MERZ | The Sky is a Great Space | Serralves

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

"Merz empurrou os limites de maneiras que revelaram 
quais eram e onde se encontravam esses limites,
e transformou a fricção em obra perspicaz e estimulante.”
Peter Schjeldahl
The New Yorker, 30 de Janeiro, 2017

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

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 ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

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 ©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

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©Amaro Figueiredo |  Sony E5603 

 

 

https://www.serralves.pt/pt/actividades/marisa-merz-o-ceu-e-um-grande-espaco/

 

«Em janeiro de 2018, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresentará "The Sky is a Great Space”, uma exposição retrospetiva da pintora e escultora italiana Marisa Merz (1926, Turim, Itália). Organizada pelo Hammer Museum, Los Angeles, e pelo The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, a mostra vai agora ser apresentada na Europa em colaboração com o Museu de Serralves e o Museum der Moderne Salzburg, Áustria.
 
A exposição, desenvolvida em colaboração com a Fondazione Merz, em Itália, reúne cinco décadas de obras da artista e inclui as primeiras experiências de Merz no contexto da Arte Povera com materiais e processos não tradicionais; as cabeças e rostos enigmáticos que criou nas décadas de 1980 e 1990; e as instalações que conciliam a intimidade com uma escala impressionante.
 
"A obra de Marisa Merz existe na interseção entre a arte e a vida que se tornou tão central à prática contemporânea”, afirmou Connie Butler, a curadora da exposição. "O corpo da sua obra, desafiadora e evocativa, é profundamente pessoal, tanto uma resposta à sua própria experiência, como à história da arte e à atmosfera contemporânea de Turim e da Itália do pós-guerra.”
 
Marisa Merz alcançou o reconhecimento internacional como membro do círculo de artistas associados à Arte Povera no final da década de 1960. Movimento de vanguarda que rejeitou a riqueza material da Itália a favor de materiais "pobres”, a Arte Povera foi identificada com o radicalismo do movimento estudantil, mas proclamou não ter um credo estilístico ou ideológico, exceto a negação dos códigos existentes e das limitações do mundo da arte.
 
A obra mais antiga de Merz, iniciada cerca de 1966 na casa que partilhava com o marido, o artista Mario Merz, é Living Sculpture, um emaranhado de alumínio modelado pendurado do teto que combina arestas metálicas afiadas e ásperas com contornos suaves e biomórficos, expandindo o conceito de "mobile” até se tornar um colosso. No final da década de 1960, Merz passou a criar uma série de obras poderosas a partir de materiais não tradicionais que tomavam por referência a sua vida familiar e a tradição italiana mais vasta do polimaterialismo: esculturas de cobertores enrolados amarrados com fio de nylon que eram usadas ocasionalmente como adereços nas performances que o marido fazia; um baloiço de contraplacado para a filha que alia o rigor da escultura à brincadeira jovial; e uma série de esculturas de fio de nylon tricotado, incluindo os sapatos que a própria artista às vezes usava.
 
Na década de 1970, as instalações típicas de Merz em materiais pobres — delicado fio de cobre, taças de água salgada, agulhas de tricô — tornaram-se cada vez mais complexas. Após 1975, a artista começou a esculpir uma série de pequenas cabeças, muitas vezes modeladas em barro não cozido. Estas foram apresentadas na década de 1980 e tornaram-se emblemáticas da sua prática artística e dos seus trabalhos mais tardios.
 
Nas últimas duas décadas, a obra de Merz tornou-se ainda maior e mais complexa. As peças individuais continuam a ser integradas em instalações multimédia de tamanho e complexidade variável. A sua pintura e a obra gráfica também se tornaram mais elaboradas, combinando elementos de colagem e diversos materiais, incluindo fita adesiva, espelhos, molas para papel, tampas de garrafas e pigmentos metálicos, assim como um grupo recente de grandes pinturas de anjos alados, que contrastam a impressionante beleza com uma surpreendente ausência de sentimentalismo.
 
Marisa Merz recebeu o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2013 por "Lifetime Achievement”.Marisa Merz é a única mulher protagonista do importante grupo da Art Povera. O marido de Marisa, Mário Merz (um dos maiores artistas italianos da segunda metade do século XX), foi objeto de uma exposição na Casa de Serralves, comissariada pelo então Diretor de Serralves, Vivente Todoli, no inicio de 1999, "A CASA FIBONACCI" - MARIO MERZ”.
 
Esta exposição é uma importante itinerância internacional. "Marisa Merz: The Sky Is a Great Space” foi originalmente organizada pelo Hammer Museum, Los Angeles, e pelo The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque. A exposição na Europa é coorganizada pela Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto, e pelo Museum der Moderne Salzburg, Salzburgo. A exposição foi desenvolvida em colaboração com a Fondazione Merz, em Itália. A exposição é comissariada por Connie Butler, Curadora Principal, Hammer Museum, e Ian Alteveer, Curador, Departamento de Arte Moderna e Contemporânea, The Metropolitan Museum of Art.

 

 

 

08 de Fevereiro, 2018

Província de Sória

Em Fotografia 

 

"A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. 
O que vemos não é o que vemos, senão o que somos."
Fernando Pessoa

 

Sória está situada no centro-norte de Espanha e nas margens do rio Douro. 

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©Amaro Figueiredo |  Picos de Urbião | Sony E5603

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 ©Amaro Figueiredo |  Picos de Urbião | Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Arcos de San Juan de Duero | Sony E5603

 

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 ©Amaro Figueiredo | Sória | Rio Douro | Sony E5603

 

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©Amaro Figueiredo |  Ermita de San Saturio | Sony E5603

 

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 ©Amaro Figueiredo |  Sória | Sony E5603

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©Amaro Figueiredo |  Calatañazor | Sony E5603

 

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 ©Amaro Figueiredo | Berlanga de Duero | Sony E5603 


Onde ficar: Hotel Alfonso  |   Hotel Apolonia  

Onde Comer: Red Lion | Baluarte

Transporte: Carro 

 

 

06 de Fevereiro, 2018

Rita Leitão

Voz-off: Senhoras e senhores, meninas e meninos, convosco RITA LEITÃO.

 

Falar da Rita é falar por inteiro, não há doses. Falar do nome de família é falar da Bairrada. Conheci a Rita numa noite de humor e de amizade, à frente do Teatro Miguel Franco e no Atlas, prometeu-me um VS. 

 

Tem o trabalho mais gratificante do mundo e muito humor. Confidenciou-me que não faz humor com coisas que lhe são queridas. Vive com 3 gatas: a Alice, a Runa e a Patrícia. Faz teatro no TAP - Teatro Amador de Pombal

 

Mentora do projecto Meia Dose de Leitão - Stand Up Comedy e muito mais. 



NOTAS IMPORTANTES: 
- A Rita já desativou a conta no Tinder.
- A Rita não come carne.
- O Rosa Luz foi meu cúmplice.
- A Patrícia já me odeia sem gostar de mim.
- Este VS não teve o apoio do Atlas Hostel (mas recomendo).

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Meia Dose VS Uma Dose?
Meia Dose - Mais vale uma Meia Dose bem aviada, do que uma dose mal servida.


Leitão VS Porco?
Leitão - Leitão para sempre.... Sou uma espécie de Peter Pan da suinicultura.


Língua VS Orelha?
Não podemos juntar os dois?! 😋


Celulite VS Vegetariano?
Vegetariano - mas só porque não tenho celulite, tenho tatuagens em braille.


Dois Gatos VS Duas Gatas?
Duas gatas - Alice e Runa. Nunca tiveram gatos.


Moscatel VS Hotel?
Moscatel - bebida de eleição, que pode ou não ser tomada num Hotel.

 

Roberto Fiuza


Eduardo Marques VS João Freitas?
Eduardo Freitas? - era pegar nos dois e metê-los na bimby... Não consigo escolher!

 

 

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©Roberto Fiuza                                          (Gala de Natal do Ginásio Pulse) 

 

Saldos VS Tinder? 

Saldos - adoro uma pechincha! Além disso, cheguei ao Tinder demasiado tarde... Já estava tudo muito escolhido.


Santa Casa VS Casa Santa?
Santa Casa - há que dar valor à entidade patronal! E não, não recebemos dinheiro das raspadinhas.


Animadora VS Dominadora?
Animadora - com tendência para reanimadora. Há idosos difíceis.


O Quarto Escuro Da Avó VS Youtube?
O quarto escuro da avó - era a única que se escondia mesmo. Ficava ali no armário, a achar estranhíssimo as minhas amigas se "esconderem" deitadas em cima da cama. Acho que a certo ponto, todos esperavam que eu saísse do armário.


"Até à próxima noite" VS "Até amanhã"?
"Até amanhã" - já começo a combinar almoços em vez de jantares e cafezinho em vez de copos... São os anos a pesar...


Roxo VS Feminismo?
Roxo - é a minha cor favorita, apesar da conotação sexual que é dada quando uma rapariga afirma gostar muito de roxo. Quando assim é, prefiro o amarelo.


Medo VS Mala?
Mala - cheia, pesada, cheia de talões inúteis e smints perdidos.


Humor VS Amor?
Humor - até hoje nunca me falhou...

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  ©Raquel Gomes - Maus Hábitos


Sonhos VS Excertos?
Excertos - sou uma mulher de flashbacks. Não vivo no passado, mas prefiro relembrar o que foi e que já ninguém me tira, do que sonhar com o que poderá ser e sair decepcionada. (txiii, parece uma frase do cifras...)


TAP VS TAP?
TAP - mas na Ryanair, que fica mais em conta. (para quem não conhece o Teatro Amador de Pombal, vá conhecer!)


Medrosa VS Curiosa?
Medrosa - sou um bocadinho assustadiça... E por vezes chego a ter medo da minha própria curiosidade.


Carta VS Urinol?
Carta - do mijo. Uso algumas vezes... Já me safou de conversas intermináveis.


A colecção de Bonecos VS Patrícia?
Patrícia - Fácil! (e escolha, não a Patrícia!) Amiga, colega de casa, ouvinte, terapeuta, cobaia.

 

Obrigado, Rita.

05 de Fevereiro, 2018

Jorge Santos

 
Para o autor a melhor forma de passar o tempo é a inventar histórias.
 
 
Nasceu em Santa Comba Dão e com 3 anos foi viver para Braga.
Começou a escrever aos 13 anos. Aos 14 escreveu o seu primeiro livro, uma história que faz parte do seu crescimento enquanto autor. Nunca pára de escrever, nomeadamente contos. Em 2012, começou a levar mais a sério esta paixão, inscrevendo-se num curso de escrita criativa. Ficou por duas vezes em segundo lugar nos Campeonatos Nacionais de Escrita Criativa, organizados por Pedro Chagas Freitas. Em 2014 lançou o seu primeiro romance, DEZ. Em 2015, como edição de autor, FRAGMENTOS, uma colectânea dos textos dos Campeonatos de Escrita. Paralelamente, mantém um blogue de contos e é um dos membros fundadores da tertúlia de escrita A Velha Escrita, que conta com cinco anos de existência e setenta autores espalhados por três continentes.
 
Em Dezembro (2017) foi apresentado o seu novo livro,'Gente Aparentemente Normal', pela editora Inquietud'e. 
 
 
"Há coisas que não podem ser explicadas (...) Temos de as aceitar como são. Não aqui, - apontando para a cabeça - mas aqui. - Pôs a mão no coração. - Sentir é mais importante do que saber. Acreditar é mais recompensador do que comprovar a verdade."
 

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 ©Isabel Costa Pinto

 
 
Sátira VS Amor?
Amor que perceba que a sátira faz parte da vida.
 
Tempo VS Sem Tempo?
Sem tempo para ter tempo.
 
Inteiro VS Metade?
Duas metades.
 
Soletrar VS Mentir?
A mentira pode dar uma boa história.
 
Felicidade VS Fanfarronice?
Um fanfarrão não sabe o que é a felicidade.
 
Dez VS Um prédio de gente?
Fragmentos de vidas de dez pessoas aparentemente normais.
 
Verbo VS Sujeito?
Ambos fazem falta, com a adjectivação adequada.
 
‘Às vezes’ VS ‘Talvez’?
Prefiro um “às vezes” com sabor a pouco do que um “talvez” com sabor a nunca.
 
Físico VS Virtual?
Sempre que possível, Química.
 
 

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  ©Isabel Costa Pinto

Escrever VS Ler?
Sempre. Rever, nunca.
 
Argumento VS Abraço?
Não há melhor argumento do que um abraço.
 
Dicionário VS Lista?
Uma lista de qualidade, como esta do desafio VS. De qualquer forma, todo o dicionário é um conceito ultrapassado. Viva a Internet.
 
Barulho VS Silêncio?
O silêncio é essencial para se poder escolher a nossa música. A música mais adequada para uma determinada disposição pode ser o barulho.
 
Coração VS Cérebro?
O Cérebro. O coração transplanta-se. A vida fica. O sentir continua.
 
Poesia VS Reflexão?
Todo o reflexo é uma poesia.
 
 
 

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 ©Cláudia Santos

 

Chegar VS Partir?
Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir Chegar-Partir (…)
 
Raízes VS Liberdade?
Só a liberdade permite dar valor às raízes.
 
Capítulos VS Uno?
Todo o Uno é feito de capítulos. São inseparáveis, como o Mickey e a Minnie.
 
Sabor VS Som?
Sabor. Conseguimos viver no silêncio absoluto, mas não conseguimos viver sem comer.
 
Igualdade VS Gratidão?
A igualdade transforma a gratidão num acto quase irrelevante.
 
 
Obrigado, Jorge. 
 
 
 
02 de Fevereiro, 2018

'Gente Aparentemente Normal' de Jorge Santos

"Conheci" o Jorge Santos numa livraria de uma pequena vila, Mortágua (Viseu). Gosto de ler as biografias dos escritores (à espera de uma revelação curiosa). Jorge Santos nasceu na "minha" cidade - Santa Comba Dão - e, com apenas 3 anos, foi viver para Braga. Comprei o 'Dez' e o 'Fragmentos', diferentes.

 

 

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 © Inquietud'e

 

Em Dezembro (2017) foi apresentado o seu novo livro,'Gente Aparentemente Normal', pela editora Inquietud'e. Um romance divertidíssimo, uma sátira à mudança, com um amor intransigente e um prédio a cair. Uma história de televisão.

 

O livro está brilhante para ser adaptado a uma série ou filme.


"- Na realidade, tinhas razão. As pessoas só mudam se estiverem interessadas em mudar.", a premissa. Isto pode, provavelmente, ser diferente para cada um de nós. A mudança exige muita atenção, aparentemente normal.


'Gente Aparentemente Normal' não é um livro de auto-ajuda mas, tem passagens terapeuticas, de qualidade excecional e de fácil reflexão, num diálogo sinérgico.

 

São mais de dez personagens, todas principais (no meu entender); nenhuma consegue quebrar o ritmo da história, acrescentando mais audácia ao romance no final de cada capítulo.


"Há coisas que não podem ser explicadas (...) Temos de as aceitar como são. Não aqui, - apontando para a cabeça - mas aqui. - Pôs a mão no coração. - Sentir é mais importante do que saber. Acreditar é mais recompensador do que comprovar a verdade." E mudar? Será assim tão fácil? O amor dado volta para nós? Esta será mesmo a verdade? De 'Gente Aparentemente Normal'?

"Quando te libertares, serás normal."

 

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  © Inquietud'e

"De perto ninguém é normal"

Caetano Veloso 

Rodrigo é o maníaco. "Mesmo que vencesse, perder-me-ia."


"Nunca vais ter apenas boas cartas. Mas tens de aprender a jogar como se as tivesses." Vera, toda-poderosa. "Estás pronto? Ainda podemos fugir."


O Cerqueira é o suspeito. "São as pessoas que lhes tiram essa mesma dádiva, assim como retalham as suas próprias liberdades."


A D. Clotilde, em-nome-do-pai-do-filho-e-do-espírito-santo. "As bestas continuam bestas para sempre." "O pânico revela a pessoa, dissolve as máscaras."

A Aurora e o Rui, o amor e a ilusão. "Amar era, realmente, lixado." "Porque é isso o amor. Uma ilusão." "A ilusão de ser feliz."


Nuno e a Luísa, os inteligentes do romance. A inteligência estraga tudo nos outros ou não.


O Pedro, o passado e o presente, a ligação do ficar e do partir. " Quem somos nós para julgar o que é normal ou não?"


A Amélia é o medo da solidão. "Todos nós perdemos, pelo menos uma vez na vida."

 

Adriana, a desaparecida. Um prédio inteiro num livro.


"Há muito tempo que não bebia nada assim..." no final.