CICARE, de Gi da Conceição / Teatro Perro
© André Rodrigues
" - Cicatrizes físicas tem?
- Sou uma manta de retalhos."
É preciso que a cicatriz possibilite a continuação, a liberdade e o amor (caso contrário não é uma cicatriz, é a Morte).
O projecto Cicare (TEATRO PERRO) é um processo criativo com direcção artística, dramaturgia e encenação de Gi da Conceição – o sonho só existe porque assim o desejam –, tem uma atitude positiva em estímulos e agitação emocional, liberdade no decurso e amor em memórias frágeis; e no fim, não se torna Morte. Tem o movimento certo de tempo na mudança de cena, a inocência, a necessidade de segurança entre actores e os objectos certos nos lugares exactos.
©Teatro Perro
Gi da Conceição já nos habituou a amplas janelas dando lá para fora, que consistem em munir o nosso consciente, a ultrapassar a “nossa” solidão, dizer não à violência, acreditar na «daquilo que somos feitos, da terra onde vivemos».
©Teatro Perro
Ana Cristina Campos, Ana Martins, Diogo Gonçalves, Inês Loureiro, Otília Fonseca, Palitó, Paula Eliseu e Paulo Rodrigues dão vida as cicatrizes, pedindo-lhes a importância de cada gesto ou movimento, de cada pausa ou suspiro, de cada palavra baseada em depoimentos reais, demonstrando dedicação e trabalho em 50 minutos de peça. Parabéns.
Aplausos...
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Produção: Teatro Perro | Gambiarra
Criação: Gi da Conceição
Duração estimada: aprox. 50 min.
Interpretação: Ana Cristina Campos, Ana Martins, Diogo Gonçalves, Inês Loureiro, Otília Fonseca, Palitó, Paula Eliseu, Paulo Rodrigues
Nota.
Falo de amigos, cuja análise se torna extremamente dificil.