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Depois em Seguida

CULTURA | MUNDO | ENTREVISTAS | OPINIÃO

18 de Junho, 2019

`GERMANA, A BEGÓNIA´, de Ricardo Fonseca Mota / Edições Esgotadas

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"Eu não vou morrer, porque não existe morte para quem morre. (...)

Eu não vou morrer, vou só acabar."

 

Germana descreve-se com «um gosto aprumado». «Cientistas anunciam que o fim do mundo é inevitável e está para breve». Como seríamos, se não tivéssemos inventado a eternidade?

 

Fechada em casa, ofendida e em “desgraça”, Germana vive complementada pela memória do pai, pelos livros – «Já li os que estão de pé (...) deitados são os que não li.» –,  pelo medo  que  lhe ardia no peito e que lhe passava pela mente (o fim do mundo ou o princípio da vida: o amor?).

 

`Germana, a begónia´ procura a morte perfeita para afirmar o amor como vida, a vida enquanto tudo e nada.  “Morrer é dizer adeus. Melhor, morrer é ter quem nos diga adeus.”  Somos  begónias, está nos genes.

 

No final, o autor fugira com ela, sem contar nada a ninguém, deixando para trás a sombra. « De onde vem este poder macabro de não querer estar com ninguém, quando quero estar com todos?»

 

´Germana, a begónia` estreou a 14 de Outubro de 2017, encenada e interpretada por Gi da Conceição, no Centro Cultural de Tábua, numa produção da Companhia de Teatro Perro.

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©TeatroPERRO