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Depois em Seguida

CULTURA | MUNDO | ENTREVISTAS | OPINIÃO

28 de Março, 2018

Mamma Mia! | Um Musical De Casa Cheia

A música faz as pessoas felizes, é um elemento da felicidade. Música e teatro, é a cereja no topo da felicidade. E esta, hein? A Maggie Ribeiro pensou em tudo. Não fez só porque é divertido.  Fez acontecer em Viseu. Fez em equipa.

 

Looking out for a place to go
Where they play the right music
Getting in the swing
You come to look for a king ...
Dancing Queen

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 ©Arquivo Visiunarte | Gabriela Rodrigues e Simão Bernardo 

 

Dez anos depois da estreia do filme musical Mamma Mia! -  Meryl Streep como actriz principal - a Visiunarte Ateliês (Grupo de teatro, dança e animações de Viseu) levou  a palco, no passado dia 25 de Março, no cineteatro do Satão,  a adaptação do original de Benny Andersson e Björn Ulvaeus (ambos compositores e interpretes dos ABBA). Resultado: casa cheia (mais de 250 pessoas). 

 

"We made our way along the river
And we sat down in the grass by the Eiffel Tower
I was so happy we had met"

Our Last Summer

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  ©Arquivo Visiunarte

 

Honey honey, let me feel it, aha, honey honey
Honey honey, don't conceal it, aha, honey honey
The way that you kiss good night...

Honey Honey

 

São 20 jovens actores cativantes em palco, numa coreografia de excelência, um cenário minimalista e uma multimédia eficaz, com pormenores de texto interessantes e vozes, vozes com uma carga interior de esperança que tudo é possível, que coloca em cena a cooperatividade. 

 

Uma mãe, uma filha, três pais (com a interpretação brilhante de Micael Almeida, Miguel Costa e Pedro Catalarrana), duas amigas (Joana Pina e Sara Oliveira, invejáveis), um padre (Daniel Martins) e muitos amores. É tudo o que precisamos para uma boa história.

 

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 ©Arquivo Visiunarte

 

Gabriela Rodrigues e Carolina Morais interpretaram as personagens principais do musical - Sophie (filha), Donna (mãe); o Simão Bernardo - Sky - o noivo da história que não casou. 

***

Como foi interpretar a personagem da Sophie?

Gabriela: Interpretar a Sophie foi um grande desafio porque me levou a fazer coisas que nunca pensaria ser capaz de fazer em público, neste caso cantar. Deste modo foi também bastante gratificante porque não só ultrapassei um medo e uma dificuldade minha como ao mesmo tempo, consegui sentir o calor e o carinho de todos os espectadores.

 

Como foi interpretar a personagem da Donna?

Carolina: Foi bastante divertido interpretar a personagem da Donna, e adorei poder interpretar uma personagem em que posso cantar.

 

Como foi interpretar a personagem do Sky?

Simão: Sempre novos desafios, e novas aventuras, este ano faço de Sky um rapaz simpático, cheio de vida e apaixonado pela Sophie, interpretar esta personagem dá-me imenso gosto, ele é forte, espírito aventureiro, protetor, e mostra tanto um lado atrevido como sério, nisto consigo explorar alguém que não sou e encarar aquela realidade faz me sentir bem comigo mesmo e aprendo com ele, a melhor parte claro é ser um musical, ao som dos ABBA, uma experiência fantástica, que nos dá imensas memórias.

 

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   ©Arquivo Visiunarte

 

Qual foi a maior dificuldade em palco?

Gabriela: Foram as coreografias, que devido ao facto de envolverem um grande número de pessoas, têm também uma grande percentagem de falhas.

Carolina: A maior dificuldade em palco foi ter que desempenhar o papel de mãe, quando a Gabriela tem uma idade muito próxima da minha.

Simão: Talvez a dificuldade maior em palco é o ponto em que se começa a perceber que o final esta a chegar, perceber que toda aquela magia esta prestes a acabar, apesar de haver sempre alguma ansiedade no começo da peça, mas com o desenrolar, o que mais custa é isso, o aproximar do final .

 

 

Qual foi o melhor momento do Mamma Mia?

 

Gabriela: Sem dúvida o melhor momento do Mamma Mia! é ver o reconhecimento do público perante nós e as demonstrações de carinho e felicidade no final de cada peça.

Carolina:  É o casamento em que muita gente se ri, é muito divertido.

Simão: Todos os momentos são bons, o melhor de tudo é só o produto final, pensar em construir todo um elenco, músicas e cenário, tudo bater certo, a diversão e o gozo que dá viver todas aquelas musicas e transmitir isso ao publico, claramente o melhor de tudo é ver um publico a reagir bem, a cantar connosco, a chorar e a rir, isso é sem duvida o melhor.

 

-Como é que esta peça nos pode definir como pessoas?

Gabriela: Através desta peça conseguimos mostrar todo o nosso trabalho e empenho ao longo de um ano a preparar o espetáculo e mostramos também que mesmo sem um orçamento muito elevado, é possível fazer um bom trabalho e assim evidenciar que somos pessoas perseverantes e que lutam pelos seus sonhos. 

Carolina: A peça define-nos como pessoas , que apesar de muito diferentes, conseguimos ter uma grande cumplicidade e aproveitar o tempo que estamos em palco todos juntos.

Simão: A melhor parte de uma peça musical é que nós podemos não só nos expressar com o corpo e com as falas, mas  também a cantar, na realidade nós não começamos a cantar do nada no dia a dia, só porque nos aconteceu algo, e ali, entramos dentro de um mundo quase como um filme em que depois as músicas mostram fases e situações da vida, e é aí que a peça nos define, toda a mensagem que as músicas nos passam, de alguma maneira faz-nos lembrar de um momento, ou até em algo que estamos a passar - no momento-, e tudo isso marca uma pessoa, acho que a peça tem bastante impacto nas pessoas devido a isso a identificarem-se com as músicas e relacionarem com algo da vida delas.

 

Voulez-vous
Take it now or leave it
Now is all we get
Nothing promised, no regrets
Voulez-vous
Ain't no big decision
You know what to do
La question c'est voulez-vous
Voulez-vous...


Voulez-vous

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  ©Arquivo Visiunarte

 

Porquê criar o Mamma Mia como espectáculo?

Maggie: O Mamma Mia surgiu depois de ter visto ao vivo em Londres, achei que foi um espetáculo extraordinário e senti que saí de lá enriquecida e feliz,  portanto decidi fazer em Viseu, porque queria partilhar dessa alegria com os outros.

 

Qual foi a maior dificuldade?

Maggie: A maior dificuldade foi conseguir manter a qualidade do espetáculo com as poucas verbas que temos e desse modo a solução foi reduzir o cenário físico mas enriquecê-lo a nível de multimédia. 

 

Uma palavra para resumir todo o trabalho existente.

Maggie: Equipa. 

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 Um final feliz.