Miguel Costa
O que têm em comum Miguel Costa e Júlio Isidro? Ambos partilham uma força incrível, o sentido de humor, a RTP e o Miguel Costa sonha em ser apresentador, não havendo para já essa concretização.
Durante 20 anos foi secretário da Assembleia de freguesia da vila de Arrifana e professor de Ciências Naturais e Biologia durante 1 ano.
É médico especialista em pediatria, de caligrafia horrível, ligado à nutrição em idade pediátrica e como acontece habitualmente, é guloso. Embora a comida seja capaz de reconfortar a alma.
Adora cozinhar (era de esperar) e cantar em francês.
Confessou que preferia ser actor na série Morangos com Açúcar do que fazer análises, lá no fundo é um médico com medo de agulhas.
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DES: A pediatria foi sempre um desejo? Quais os factores que contribuíram para a escolha?
Miguel Costa: Não. Quando era miúdo queria ser professor. Sempre gostei da ideia de trabalhar com criança e do ensinar ao curar foi um passo. Depois de optar pelo curso de Medicina e não gostando de especialidades cirúrgicas optei por Pediatria. Ao trabalhar com crianças e adolescentes posso contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento, de forma a serem adultos mais saudáveis e responsáveis. Usando um lugar comum, as crianças serão os homens do amanhã. Saliento também o papel importante de uma professora, Dra. Jeni Canha, Assistente de Pediatria e da minha mulher, nesta decisão.
DES: Qual é o maior privilégio da tua profissão?
Miguel Costa: Ser médico é ter os conhecimentos e as aptidões suficientes para poder prolongar a vida com qualidade
DES: Há hoje uma maior valorização da pediatria?
Miguel Costa: Acho que sim. Actualmente as pessoas confiam mais nas orientações dos pediatras em relação a outros especialistas. Vejamos, por exemplo, o que se passa em relação ao recurso às urgências pediátricas versus urgências sem pediatras. O que o pediatra propõe é geralmente bem aceite e as famílias seguem mais facilmente as suas orientações, quer em medidas preventivas, quer no caso de doença.
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DES: Se não fosses pediatra serias Professor. E se não fosses professor?
Miguel Costa: Seria um entertainer/speaker. Adoraria trabalhar no meio televisivo. (risos) Um apresentador, comentador, ou até júri de concursos, um novo Júlio Isidro. (risos) E quem sabe, fazer pequenas participações em séries, novelas, filmes. (risos)
DES: Um verdadeiro artista. (Riso) Tens tido um papel importante no inicio de carreira de novos profissionais. É importante para ti ensinar, passar uma mensagem positiva, corrigir qualquer ideia pré-concebida?
Miguel Costa: Claro que sim. Adoro ensinar, a minha tal vertente de professor e dá-me uma grande satisfação assistir ao crescimento destes jovens profissionais. Aliás, já alguns jovens médicos me confessaram que escolheram pediatria influenciados por mim.
DES: O mundo está aos pés das crianças?
Miguel Costa: Poderá estar, se os adultos não o estragarem.
DES: Voltando ao entertainer e aos sonhos. Há algum sonho que seja importante para ti?
Miguel Costa: Um mundo com menor sofrimento e com uma maior igualdade de oportunidades, mas no conceito de uma meritocracia.
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DES: Vamos fazer um jogo. Eu digo uma palavra e tu dizes o que vier à memória. “Ainda…”
Miguel Costa: Há muito a fazer na educação das nossas crianças.
DES: “Vivemos… “
Miguel Costa: ...num mundo que necessita de melhorar em muitos aspetos. Mas que não é tão mau assim.
Des: (Risos) “Assim...”
Miguel Costa: ... temos de tentar ser felizes!
DES: “Entretanto…”
Miguel Costa: Sorriam e não se esqueçam de viver.
DES: Obrigado.