Perca-se por Portugal: Guimarães
A história mais recente remete o nascimento deD. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal (e não o primeiro rei português), para a cidade de Viseu. Contudo, Guimarães continua a ser a cidade berço, a cidade onde cresceu o nosso rei, a cidade de onde nasceu Portugal.
Visitar a cidade de Guimarães é visitar um pedaço da nossa história. Como sempre gosto de dizer, as ruas e as pedras daquela cidade falam.
Guimarães tem uma área de 23,5km2 e uma população com mais de 54 000 habitantes. Os seus habitantes são chamados de Vimaranenses e possuem em si a simpatia que muito é características das gentes do norte.
A cidade, perdida em diversas praças e ruelas, mostram-nos o encanto de uma construção tosca e ao mesmo tempo interessante. Há ruas estreitas e ruas largas, ruas que sobem e descem cruzando-se e paralelizando-se. Quem se perde por aquelas praças, que com o inicio da primavera começam já a encher-se de gentes, vai ganhando uma vida contagiante, um pouco ao estilo espanhol.
Para além das praças e ruas cheias de encanto, que por si só são um bom motivo para se perder por lá, Guimarães têm também muita cultura religiosa, com as suas várias igrejas e capelas, revestidas a talha dourada ou outra de traço mais simples. Têm torres medievais e esculturas no granito.
Não se pode deixar de falar e de visitar, o icónico Castelo, guardado pela estátua do primeiro rei. Ali ao lado, numa pequena igreja, guarda-se uma pia batismal com a inscrição de ter sido ali batizado Afonso Henriques. E sem sair do mesmo local, é possível ainda visitar o Paço dos Duques de Bragança, local que merece bem a pena pela sua riqueza de espaços e elementos decorativos. Há enormes tapeçarias, quartos de reis e salas de jantar. Há uma capela bela e simples e uns claustros calorosos. Há ali muita história que merece ser vista. No final do dia pode sempre subir-se de teleférico à Penha (ou mesmo a pé pelo percurso pedestre), aproveitando a vista e a tranquilidade que o espaço proporciona.
Guimarães não é só uma cidade para ser lida, mas uma cidade para ser vista, ser sentida e perdida.
Não se esqueça: PERCA-SE POR PORTUGAL!