Sítio, de Catarina Santana e André Louro
A Companhia da Chanca (Chanca, concelho de Penela) trouxe até ao Centro Cultural de Tábua o "Sítio", uma peça de máscaras e de emoções, com uma mistura de sons criados no momento ou apoiados por um belíssimo texto sonoro. 50 minutos de muitas vidas representadas por duas vidas. Do nascimento à velhice ou da velhice ao nascimento, do viver ao isolamento, um poema de formas, de sentidos e no fim, de amor.
Uma magnífica interpretação de Catarina Santana e de André Louro, com pormenores de espaço cénico de fazer acreditar que os sonhos são possíveis.
Bons Palcos.
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Sítio é um espetáculo de teatro físico, sem texto, que conta a história de um casal de idosos que vive numa aldeia no interior de Portugal e recebe um postal anunciando o nascimento do seu neto. Os dois decidem juntar numa encomenda algumas prendas para enviar para o neto, que está no estrangeiro, e partem numa longa caminhada. Com o embrulho debaixo do braço e uma doce fúria de viver, o casal vai viver uma série de pequenas e ternas aventuras, partilhar memórias e até apagar um incêndio. No final da epopeia, conseguem chegar… à estação de correios da vila mais próxima!
Sítio apresenta-se como um espelho da vida de alguns no interior desertificado, envelhecido e isolado. É uma forma de poema-espetáculo que convida idosos, crianças, jovens e população ativa a refletir sobre o problema da desertificação humana.
Ficha Técnica
Companhia da Chanca e Razões Poéticas
André Louro | Criação e interpretação
Catarina Santana | Criação e interpretação
António Jorge | Máscaras e espaço cénico
Sílvia Brito e Caroline Bergeron | Apoio artístico
Mafalda Oliveira | Desenho de luz e direção técnica
Maria Ribeiro | Figurinos
Victor Cid | Fotografia
Pedro Homem | Vídeo
Classificação Etária
M/6
Duração
50 minutos
Curiosidade:
A estreia da peça foi no jardim da casa do André (Chanca), espalharam alguns cartazes na aldeia com 40 habitantes e apareceram o dobro.